SERENANDO

Como uma vida de gado, o fazendeiro
Serenando, fica satisfeito com a boiada e aprecia
Tranquilo sem reclamar, pois o pasto verdinho
Logo vai alimentar desde o gigante ao mais
Fraquinho do amor vai precisar sem duvidar.

A viola é companheira nas horas do
Recolhimento e rede preferida, só falta a amante
Ficada na capital, mas a cabocla serviçal,
Pilotando o fogão de lenha prepara o cucus a
Tapioca o angu, sabores da região não deixa
Passar fome no rancho do atrativo lugar.

Serenando fica um pouco frio, mas a dama
Espera a volta do seu amor na certeza de
Encontrá-lo, com carinho derramando no ser
Querido, beijos, abraços, parecendo ofertar.
Em recantos desconhecidos nem interfone tocar.
Sem outrem tomar ciência das outras conquistas.

Pois é pura ilusão criar fantasias quando
Herança chegar, não terá indenização pelo trato.
Não havendo em cartório documento comprovar.
Já que o que existia ficou muito familiar.
Serenando na friagem aumenta o carinho.

Aquecendo os seres enamorados sem namorar.
Não há complicação só amante de coração,
Faz jus ao chamado amigo amante nem promessa alguma.
No instante desse serenar vem o desejo satisfeito,
Provocação dos saudáveis corpos, brilho no olhar.


 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 07/09/2014
Reeditado em 07/09/2014
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