Eles se foram
Não vejo mais o mar
Tá mais longe cada dia
Batem as ondas lá
A aura das gentes se vai
Quebram os ventos e eu
Rico de saudades...
De tudo em geral
Das manias até
Sinto saudades de correção
De atravessar os
Val do rio de poças
Atravesso o samba
Não aprendi cantar
Atravesso a língua
De tanto amar e não falar
Escrevo mal e tal
Sina de amigo sem nome
Esse que aparece e some
Sem nada dizer...
Só a nos fazer calar
A sina dos vivos e lembrar
E trabalhar o sentir
A eles restam o descansar
A nós a esperança do sonhar.