DESPERTA

Na forma bruta espalha-se

O medo a verdade e a ternura

Que o tempo não apagou,

Luz no meio do vale,

Centro do certo errado

Bem e mal,

Na forma estúpida nua crua

As folhas balançam

Caem por terra e outras

Voam sem destino

Vão pelo ar, a par

Das aves dos principios

Daquele som, da voz

Do pensamento!

Na forma cruel

Despacha-se pela tintura

Verniz nas janelas

Onde as meninas dos olhos

Se vestem das roupas

Coloridas ou encardidas,

Lavadas pelos rios

No mar a salina

Seriam as lágrimas

E ao olhar o Sol

Desperta para a vida.

Sophia Bertholini
Enviado por Sophia Bertholini em 11/09/2014
Código do texto: T4957598
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