Gaiola do Tempo

Não é ópio de fantasia

Não é lirismo da poesia

É o beijo sensual da magia

que rasga a virgindade do dia

Estupra a castidade da alma

Faz o destino mudar!

Rompe a gaiola do tempo

Deixa a infelicidade voar

Das trevas o ser vai libertar

No oceano as dores afogar

Com o canto da sereia se inebriar

no porto da alegria ancorar

Na fonte da desilusão não mais chorar

A realidade vai tecer e bordar

Com a luxúria dos versos

noites de amores excitar

Com o kamasutra da vida

o coração vai ensinar a amar

De verde a tristeza pintar

Com flores eróticas os caminhos

dos desejos vai perfumar

Para o calabouço da solidão

nunca mais voltar

No umbigo do mundo

os versos soturnos enterrar

Cansou do triste poetar!

Da vil sina de um poeta vulgar!

No Panteon da felicidade

uma nova vida engravidar!

09/01/2005 - 2:10

Zena Maciel
Enviado por Zena Maciel em 11/09/2005
Código do texto: T49664