Um Adeus

Um Adeus

O sonho a esperança lentamente adormeceu.

As rosas desfaleceram.

Caminhos são inseguros, turvos opacos.

Há frio muito frio.

E o sol queima o dorso, fere a pele.

Lágrimas brotam na face.

Como esquecer?

O sonho a esperança lentamente adormeceu.

Há de se explicar o rosto sem riso.

A face estagnada, judiada observando os sons do silêncio.

Palavras surgem apavoradas.

Alma se esvazia a cada dia, inerte fria sob o sol.

Como esquecer?

O sonho a esperança lentamente adormeceu.

Caudaloso rio de intenso querer.

Casualidades da vida?

Feridas sob pedras nos escombros da alma?

Não se acalma não se estanca.

Não há como explicar!

Como esquecer?

O sonho a esperança lentamente adormeceu.

Chuva derrama sobre a relva.

Chama a queimar o amor dissipa dando lugar a uma névoa.

Sob os olhos céticos de um adeus sem sentido.

Afastamento incertezas elos rompidos.

No voo do pássaro perfeição.

No peito amores imperfeitos sujeitos aos próprios gritos.

Na simplicidade complicada de um Adeus.

Amantino Silva 23/08/2014