Sonhos

Viramos a vida de pernas pro ar

Voamos, viajamos sem pagar

Revejo parentes que se foram

Amo amores que se perderam

Me perco nos meus sonhos quase sempre

Andando por ruas tortas

Por pessoas mortas

Amores sem final feliz

Amigos que nunca fiz

Falo até outros idiomas

Sou poderoso, lindo e garboso

Sou pobre e perigoso

Abuso de mulheres

Quando descubro estar sonhando

Depois voo por cima dos edifícios

Quase me embolo aos fios de alta tensão

Encaro feras, bandidos armados

Saio sem nenhum arranhão

Sou poeta que não sofre

Sou torcedor campeão

Ah! Os sonhos que me tocam

São sonhos de sonhar por noites e madrugadas

Sonhos que vem e que passam

Sem eles

Essa vida não teria a menor graça...

José Benício
Enviado por José Benício em 09/10/2014
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