A ruazinha
Na ruazinha deserta,
os ruídos da folhagem no chão.
Ninguém a concerta,
nela anda um pequeno cão.
Um frêmito aterroriza a noite
assusta a criançada,
que já não saiam para brincar
de pic-esconde na calçada.
O desespero da vizinhança.
noite muito escura,
querem sair, há cobrança,
mas a ruazinha deserta
não tem importância.
olhares voltados para ela,
a mulher mais velha
assustada e abismada
de súbito ela abre a janela,
fica contente ao ver as estrelas
que alegremente brilha à cima dela.
via-se também um vaga-lume,
voando no céu,
perseguindo a lua, que nessa altura
envolvia-se num véu.
Todos saiam de suas pequenas casinhas
e sentavam-se num banco colocado
no meio da ruazinha.
A ruazinha já não é mais deserta,
não é mais escura e sombria.
O brilho celeste,deixa o povo fazer a festa.
O relógio soou,
alertando que já passou a hora
de deixar a janela aberta.
Todos entram em suas casas
a mulher fecha a janela,
a lua apaga o seu brilho,
as estrelas se escondem,
o vaga-lume continuo à voar,
porém noutra rua,
e a brisa por fim,apaga a vela.
A ruazinha...
tornou-se deserta novamente,
sombria,ruídos assustadores
voltaram a ser ouvidos e mudar eternamente
a ruazinha...gritos à ouvir...
a casa dos moradores
alguém à de vir...