Um comedor de rapadura consciente
Separatistas, não sou de intrigas.
Amo minha Bahia não compro suas brigas
Meu nordeste já foi sofrido, esquecido
Recordo-me dos “ricos” do sul, povo favorecido
Mas hoje olharam pra nós de verdade
Mostraram pra nossa gente iguais oportunidades
Quebraram a desigualdade e deram esperança
A um povo que sofre preconceito desde a infância
Só não entendo a nossa gente que goza dos benefícios
Esqueceram do passado e não respeitam a sociedade
Tentando retroceder a um passado de sacrifícios
Achando que somos alienados e não temos capacidade
Mas somos fortes e enfrentamos adversidades
Conhecemos a história, somos gente e falamos “oxente”
Iguais a vocês, povo “escocês”, que não passam necessidades
E discriminam os comedores de rapadura de povo doente
Só te digo uma coisa, “ricos” do sul: somos um Brasil a parte
Honramos o nosso passado e temos dignidade
Trabalhamos duro pra conquistar igualdade
E não vamos jogar fora a nossa oportunidade