Renascimento

Não é apenas pelo mar

Ou pelas algas e os galeões

Onde repousam os dobrões de ouro

Pérolas raras e fina prata

Longe, esquecidos tesouros antigos

Não perturbados pelo olhar dos homens

Vê como as baleias aos montões

Se despedaçam contra os rochedos?

Já não vale a pena esse viver

Entre os mistérios e desolações

Urge, impávido, um terremoto

Causando espanto e ranger de dentes

Virando a terra toda pelo avesso

Silenciando o mal das nossas bocas

Mais tarde, assim, um sol de ouro

Penetre nuvens, acalme o vulcão

Prenhe a terra, outra vez prenhe

De relva, de chuva, de pão .