Sou teu escravo


Povoarei teus sonhos como se fosse teu escravo,
E, com o látego de tua volúpia em minhas costas,
Tu vergastarás meu corpo, como tanto gostas,
Pés e mãos presos ao tronco como se por cravos.

Que culpa tenho por um mero olhar sem receios,
Ao divisar, sob tua blusa, por entre as fendas,
A alvura de teu corpo, como se em oferenda,
E ansiar pelas aréolas e mamilos de teus seios?

Afinal, sou humano e é impossível manter contido
Todo este volume que ora vês entre minhas pernas,
Que se intumesceu, após este tempo que hiberna,
Ao te ver passar e saber-te nua sob teu vestido.

Sendo como sou, teu escravo, não poderia desejar
Te possuir, levar-te para meu catre na senzala,
E fazer amor contigo no recanto, em plena sala,
Em todo canto, por inúmeras vezes, até sufragar.

E tua língua passeará pelos contornos da chibata,
Com que fustigarei a cada momento, a cada instante,
Até que supliques que te tome como minha amante,
E que então te alforrie desta ansiedade que te mata.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 18/10/2014
Código do texto: T5003818
Classificação de conteúdo: seguro