POEMA DA GANÂNCIA.
Nervos, gritos,
liberdade,mudança,
desgarre o clipe,
que me amordaça,
um tiro sai das bocas,
inunda o ar de palavras,
devolva-me o direito
de escravizar,
quero dispor do mínimo
pela limpeza da casa,
quero ver minha felicidade
sobrepor ao riso
acanhado da multidão,
devolva-me o antes,
quero a sustância da
desigualdade,quero
ver a cara de míseros
a minha porta pedindo
migalhas da farta mesa,
por isso grito,devolva-me
o antes,a igualdade
é desumana,ela me limita,
quero á minha porta,
o hálito soberano do
passado,quero meu
olhar altivo olhando
por cima da miséria,
quero sempre ser
a boca que dita as regras,
que limita as conciências,
quero ser a mão que oprime,
quero o passado,quero
depositar nas urnas,
o grito opressor da minha
liberdade.