Rosa dos Ventos

Vivo amores quentes

e vermelhos tênue a um Saara.

Luz no palco da minha vida onde cantam icebergs de barítonos,

onde dançam lâmpadas e pincéis em aquarela que marcam meus pés descalços.

Ventos afinados em Sol Maior,

que sopram os uivantes

buscando além dum degrade poente,

cactos falantes.

Acima do mar, deixando-se beijar

tudo do melhor que desejas,

que pretendes, seja

assim também no ar.

Percorrido caminho, vejo ao longe

o Monte, de um monte que é meu

azul colhido, à contemplar tal medido

os lírios monumentais que cercam o Coliseu.

Não quero abraços sem nexo,

nem mesmo prolixo,

então, que sejam convexo para quem diz que sou,

se não sou.

Deixo ávido, pálido

brando corsário a ver navio,

à Versalhes, fazer novo ninho.

Quem não há de querer à deriva, terra firme?

Contudo, terás um porto, não de madeira sucumbida em maresia,

aço ou metal falido,

mas amor inoxidável, paixão fundida

valor da vida, daqui para eternidade.

De bênção é feita a mais pura liberdade, a mesma liberdade de deixar a janela e a porta aberta enquanto bem à vontade se cultiva o jardim.

Adriano Felix
Enviado por Adriano Felix em 20/10/2014
Reeditado em 02/10/2019
Código do texto: T5005808
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.