Lenta Agonia...
Dissabor, amargor, paz que se foi...
Vida aos pedaços, partida qual boi.
Morte das pretensões, das ambições,
Das proposições, só decepções...
Cláusulas vetadas, perdidas, esvaídas...
Sangue escorrendo das veias da alma...
Assassinato do amor, em tarde sombria...
Palavras mal ditas, ferindo, levando à agonia...
Poesia da vida virada de costas
Nas encostas perdidas de um poema de amor...
Meu Deus, por quê, qual motivo é o escopo
Do canto ferido, qual pássaro atingido
Pela bala mortífera de um caçador?
Vida ao avesso é pano rasgado
Da bandeira florida, que falava de paz...
Aliás, tudo é sombrio, escorre no rio
Que o pranto cavou no pálido olhar...
Amar é, assim, um canto sem fim,
De quem só pensou que podia sonhar!
(às 21:41 hs do dia 25/05/2007)