3h
Se são necessários minutos
para morte chegar,
que me fazem as horas?
A inconstância bate na vida
como um pêndulo
Se escrevo em versos
é porque tudo é fugaz
O culto às certezas destrói,
numa viagem amarga,
o que chama vida
E nunca estarei
parada
Jogada como tinta
na brancura de uma tela
na abstração do ser
O desejo de absorver
é casado com a desconstrução
Demolir-se é criar-se
como aquela criança
sem família
E o seio é a observação
O fechar da boca,
a chave para aproveitar
e aprendizagem só é
o silêncio de “Eu”