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-o céu era tão perto-

à beira de um tempo inócuo
acostumei-me com a espera
corpo envolto nas maçãs
dos teus cheiros
-o céu era tão perto-
poentes maceram meus olhos
e nas auroras sofridas
abraço-me em horizontes incrédulos.

ensina-me o teu credo
a calidez da solidão repartida
arranca-me a mordaça do verso
traze nas mãos o poema que me ama
-oferenda de sonhos afins-
as esperadas palavras benditas.

Karinna*
Karinna
Enviado por Karinna em 28/10/2014
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