RENEGA-ME
Apresenta-me em noite de gala,
Põe-me no coração,
Mas não perde a razão.
Em quanto desfila fantasias,
Na alma não me carregas.
Renega-me envolta em porquês
De um mundo sem fundo
Sedento de ilusão.
Feriu meu sentimento,
De modo sabido ou não, marca-me.
Como cicatrizar meu eu intermitente?
Se desejo ser perene
No amar-te, no querer-te, como?
Sigo calmo, sereno...
Sem perder o prumo, nem o rumo
Nem destilar meu veneno.
Sigo!
Marlon Costa
Natal/RN, 29.10.2014