DO SAL AO SOL
Galopando hipocampos em pradarias oceânicas.
Deixei para trás os castelos que fiz em areias profundas,
em densos azuis matizados de sal.
Sai' em cavalgar lento e leve como em um ballet;
saltos e piruetas em sinfonia abissal.
Deixei para trás as areias com que esculpia meus sonhos;
eles agora cavalgam comigo.
São montinhos internos.
Vulcõezinhos soltos em laços ternos
presos ao cordão do meu umbigo.
Pari cavalos-marinhos, sonhos de fino linho,
e eles se lançam agora redemoinhos afora...
se agarram nas crinas da aurora
e despertam voadores da barra do meu vestido.
D.V.
11/02
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