O COMPULSÓRIO DO NOSSO AMOR.
Conceda-me acesso ao que sonhei,
E conforme for entrando faço o relato,
É fato que andei pensando em teus seios,
Mas isto, não redunda em desacato,
Por vezes sofro ataques em devaneios,
E por outras tantas vezes eu sou tanto sensato,
Nos sonhos tenho tremendos apagões,
Quando me acordo nada lembro do pretendido,
Exceto as vestes ainda molhadas e com odores,
Que enfatizam ter havido intensa libido,
Então convoco uma viagem ao meu passado,
Para trazer de volta as fontes das minhas torturas,
E nestas matizes os teus formatos estão desenhados,
Não mas discuto se é meu direito pedir-te assim,
Que me entregues do teu ser o bem maior,
E deites comigo numa cama com os teus desejos,
E em nossos beijos unifiquemos num desejo só,
Que nossas salivas concretizem o que pensamos,
E assim possamos nos apossarmos um do outro,
Mas sem esta posse que se registra em cartórios,
Pois o compulsório do nosso amor é livre e solto,
E o nosso mundo se constitui cada dia melhor.