A CASA E SEUS TAMANHOS

A casa daquela menina era imensa,

Que levava a mãe a loucura,

Com sua energia intensa,

Cada dia uma travessura.

Onde se escondia aquela peste?

Era difícil encontrar,

Colocava a mãe em teste,

Sempre a lhe procurar.

Aprontava e saia correndo,

Fugia e ninguém lhe pegava,

Ficava horas se escondendo,

Aparecia quando a mãe se acalmava.

Apesar de a casa ser gigante,

Cada cômodo era vasculhado

Pela coitada da mãe ofegante,

Mas ela estava no telhado.

A mãe raramente a encontrava,

Mas quando isso acontecia

Ela sempre apanhava,

Com certeza merecia!

Subia na mesa, pulava a janela,

Estava sempre se aventurando,

Escalar os muros era com ela

E achava que estava somente brincando.

Hoje ao ver a mesma casa é estranho,

Me enterneço e dou risada sozinha,

Pois tendo a noção de seu real tamanho,

Penso: “Como eu era pequenininha!”

Claudia Salck
Enviado por Claudia Salck em 07/11/2014
Reeditado em 08/11/2014
Código do texto: T5027208
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