criação
podo o poema
pensando em suas armadilhas
daí
penso, penso e começo a tecer
minhas angústias e vícios
e vejo
o poema crescendo
dentro do tempo (dilacerando o espaço)
sinto sua ruptura selvagem
e a cada toque
seu corpo confessa ardências e desejos
assim o poema se constrói
com sua língua de sal e silêncio de chumbo.
(mauro oliveira)