Apelos

elevando vozes

do berço da fome

boiam palavras

queimando silencio

entaço as mãos

quase

em pranto

quedando

olhar

sobre

apelos

borbulhados em conchas

atadas

para nenhuma letra

trespassar os vãos dos dedos

secos

do que

sonhou-se

amamentá-las

mas

há sempre

derrames

nessas horas

formando lagos

pra se pescar

alguma cor

na dor de tudo

que se possa

chorar de

amor.

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 08/11/2014
Código do texto: T5027333
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