APANHEI UMA BEBEDEIRA!

Apanhei uma bebedeira

Que durou a semana inteira

De aguardente e capilé

Nas pernas nem me firmava

Já quase não aguentava

Aos poucos a estar em pé!

A maldita da cachaça

Deixou-me em estado sem graça

De cabelo arrepiado.

Que agora até me questiono

Porque às vezes ambiciono

Ter-me eu embebedado?

Bebi até me fartar

Só me apetecia vomitar

Correr prá casa de banho.

Foi tão grande a razia

Que a figura que eu fazia

Fez-me correr baba e ranho!

Parecia um Zé pedinte

Eu que afinal de requinte

Raro bebe e em nada engana

Fiquei com a tola a doer

E a pensar o que fazer

Pra curar a carraspana!

Mas olhem que não é verdade

E só por mera vontade

Pra que riam um pouquinho.

No entanto não bebi

Apesar de igual a ti

Gostar de um copo de vinho!

Porque se me embebedasse

Para que ninguém estranhasse

No meu peito tinha ardor.

Pois quando me embriagar

Será só para provar

Do teu verdadeiro…amor!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 09/11/2014
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