Santa Puta
Dias frios noites quentes
Na cama cálida
O vento sopra, flutua dentre pernas trepidas
Pulsa o frágil coração, estremece a pálpebra crua
Do ventre despido nasce a mais irônica das criaturas
È bela, astuta, graciosa
È a virgem dos poetas
A nobre da corte
Cortesã dos abastados
Com sua voz terna
Sua pele alva, seu perfume afável,
Seus belos olhos azuis
Ela é a santa imaculada
Que tantos poetas amaram
A meretriz
Que muitas senhorinhas odiaram