JOGO DA VIDA
Neste tabuleiro inerte
o coração jaz vazio.
Apaga-se lentamente
o sopro manso e leve.
Perdido o sonho dos anjos,
navega entre pesadelos
com seus deuses falsos
e pseudos "demônios".
Desistiu, não mais luta contra,
nem os repele ou repudia...
Fraquejou ante o tempo,
naufragou em vãs utopias.
Seu corpo, ora é templo vazio...
Sem prece ou consolação.
Um rosário de falsidades
habita seu pobre coração.
Perdeu a magia do momento
no emaranhado dos caminhos,
fugindo da verdade e bom senso.
Hoje, tal como sinfonia inacabada,
alma entorpecida no jogo da vida,
perambula só, entre o tudo e o nada!
Maio de 2007