JOGO DA VIDA
 
 
Neste tabuleiro inerte
o coração jaz vazio.
Apaga-se lentamente
o sopro manso e leve.
 
Perdido o sonho dos anjos,
navega entre  pesadelos
com seus deuses falsos
e pseudos "demônios".
 
Desistiu, não mais luta contra,
nem os repele ou repudia...
Fraquejou ante o tempo,
naufragou em vãs utopias.
 
Seu corpo, ora é templo vazio...
Sem prece ou consolação.
Um rosário de falsidades
habita seu pobre coração.
 
Perdeu a magia do momento
no emaranhado dos caminhos,
fugindo da verdade e bom senso.
 
Hoje, tal como sinfonia inacabada,
alma entorpecida  no jogo da vida,
perambula só, entre o tudo e o nada!
 
Maio de 2007

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 27/05/2007
Reeditado em 17/10/2009
Código do texto: T503426