Sombras da Noite

O vento ruge tal qual uma fera

Assobiando sua passagem,

As folhas se debatem

E relampeja atrás do horizonte da noite.

Portões e janelas tremulam

Frágeis proteções,

Os Homens têm medo da própria sombra

E apressam seus passos pelas ruas escuras.

Se a chuva trouxesse as dores do mundo

Em cada pingo o sangue derramado

Estender-se-ia um tapete vermelho

De homens, mulheres e animais maltratados