Prisioneiro do paraíso
A manhã escura se anuncia,
Os dias já não voltariam mais,
Buscando o que iluminaria,
Pois fugira, para voltar, jamais.
Por Luz pálida qualquer, suplica,
Sentidos feridos, coração partido,
As cartas de uma mente fria
D'um ex-prisioneiro do paraíso,
Do não enaltecido, sonho consumido
De herege tão desvanecido,
Urrando por falácia dos escolhidos,
Pela terra dos anjos não o importar
Apenas, prisioneiro do paraíso,
Aqui embaixo tudo foi prometido,
E ele foge pelos excluídos,
Preparado para os seus suplícios
Não canta, não dança, rima ou chora,
Pois um mundo não o merece ouvir,
Fadado a seu austero tumulo juvenil,
Por vassalas de seu próprio egoísmo.