Arrebatadora

No computo das horas/

Cujo silêncio argui tenuemente/

A voz e o traço/

A poesia humana/

Exala dessa menina/

Valsa harmônica em movimentos/

Com o seu desfilar/

Ainda tímido/

Já arrebatando olhares/

Que vão da arte ao desejo/

E neles ensejo/

O fino trato de um teor venenoso/

A destilar sem perceber/

No âmbito infinito/

Dos amantes/

Que já enxergo/

E não me vejo/

Por não merecer/

Dessa luz/

Dessa mulher/

Além da atenção/

Pois o meu coração/

Pra ousar dizer-te/

Do clamor geral/

Dessa febre na alma/

De toda essa embriagues insana/

Precisa ao menos/

Diante de você/

Manter - se na hipocrisia da razão/