POUCOS LÊEM O QUE ESCREVO

Tenho minhas ilhas.

E iras.

E divagações.

Escrevo tudo em papel crepom

e me sinto

respirando melhor.

E me sinto livre,

se poucos lêem o que escrevo,

pois escapo do vexame

de parecer um poço

de pretensão.

Pretendo continuar

a escrever minha história

em folhas de papel crepom,

com tinta prateada

e verve de avenca

no jardim do acaso.

E se mais alguém me descobrir,

direi que escrevo sobre o nada,

mas um nada perigoso

que me desconstrói a cada dia.

Viviane Rolando
Enviado por Viviane Rolando em 28/05/2007
Código do texto: T504354