POUCOS LÊEM O QUE ESCREVO
Tenho minhas ilhas.
E iras.
E divagações.
Escrevo tudo em papel crepom
e me sinto
respirando melhor.
E me sinto livre,
se poucos lêem o que escrevo,
pois escapo do vexame
de parecer um poço
de pretensão.
Pretendo continuar
a escrever minha história
em folhas de papel crepom,
com tinta prateada
e verve de avenca
no jardim do acaso.
E se mais alguém me descobrir,
direi que escrevo sobre o nada,
mas um nada perigoso
que me desconstrói a cada dia.