Despedida
Não choro sentado na sombra
Da historia que não se repete.
Não sonho os fatos e as fotos
Que restam nas veias imersas
Em pele e castigo, horas a fio
Na imensidão dos meus ais e
Pensamentos estúpidos, enfim.
Corro adiante passo a passo e
Passo os dias e as lágrimas em
Sal e sol buscando a seqüência
Da memória que se forma no
Vão das letras, nas lacunas
Latentes de meus versos feios
E desajeitados, feitos eu a
Inutilmente tentar lhe agradar.
Desagrego esperança, espero
Em grego o sentido das horas
Que passo agreste a língua
Nos lábios agressivos e em
Sede dos seus, que secaram
Na noite do nunca mais e que
Jamais amanhecerá para mim.