Templo

Preso num templo

Com paredes de vitrais

Meus olhos fogem

Da imagem q’me persegue

Corredores imensos

Escadas infinitas,

Colunas e tetos de vidro...

Duplos, triplos, múltiplos

De todos os lados

Espreitam a mim

Numa tentativa em vão

Corro e me escondo,

Porém todos os Outros

Correm em todas direções

Num impulso atravesso

paredes, vitrais e espelhos...

Ferem-me os cacos

Como lume de facas

Destruí o meu templo

Só resta eu Só

Ferido. Com a cabeça

Entre os joelhos.

Camila Arruda
Enviado por Camila Arruda em 03/12/2014
Código do texto: T5057393
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