Ora Ação
Queixo-me a ti, senhora de meus
mundos,piedade por abandoná-la...
Carinho para poder prosseguir,
Pelas plumas ora doces, ora azedas
Da essência simbólica que nos une.
Quedo-me perante a realeza do seu
Existir e quebro a taça de nossa
Confiança ousando mais
uma vez usar de ti, azar de mim.
E não a quero feito rima, pois além
De gélido, jamais fui poeta.
E nem a desejo menos áspera,
Uma vez que de rude existe a boca.
Apenas a quero assim, tão palavra
Quanto és, e eu apenas louco.
Sintático e obtuso, simplório
E obliquo perante o lado
Oculto do culto que provém
De suas frases, de suas fases.
Queixo-me a ti, palavra, mundo
De meus senhores, universo
De meus servos, perdão por
Tentar, incógnito, usa-la em meus
Versos, em meus terços...