Papel de Pão

Às vezes tenho vontade de ser!

Aquele velho esquecido papel de pão

Não que tenhamos varias coisas em comum

Mais algumas particularidades

A de quase nunca ser lembrado

No entanto

Essa já faz parte do meu cotidiano

Nem conta mais

Já somos iguais

Mesmo assim o invejo

Nunca amado

Sempre trocado

Pouco desejado

Mais muito necessário

Basta chegar a hora

Ai de muitos se não fosse o velho amarrotado

Ai de nós

Nunca derrotado

Pouco elogiado

Mais sei que é ali que ele gosta de está

Sabe aquela bela poesia

O único momento de inspiração

Seria esquecido no pensamento

Se ali não estivesse naquele momento

Sempre atendo

E por ironia fazendo o seu papel

Esperando apenas um momento

Um uso, um único.

Mesmo que um abuso

Só ele estava lá

Bem perto, invisível como eu

A espera de um olhar teu

Pode ser que não aconteça

Ou um dia venha surgir

Sei que o que está por vir

Vai ser o que ah de melhor para mim

Ferdinando Tropick
Enviado por Ferdinando Tropick em 12/12/2014
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