Lembranças, poeta, lembranças...

As lembranças,

Parecem impregnadas em meu corpo,

Pois a essência, não some da memória.

Os tempos, são tão sem razão de ser,

Pois as lembranças, persistem!

As vésperas do amanhã,

Sabe-se que o sol se põe, mais...

No véu do horizonte, pitada,

Uma imagem desfocada,

De um rosto antigo, amigo...

Certamente, conhecido.

No coração, recordações,

De remotas moradas da alma!

O futuro se esvai,

Quando o passado persisti, insisti,

Investe, nas lembranças de mim.

Um amor, lá, atrás, além...

Situado num inverso de emoções,

Hora, choque, surpresa,

Hora tanta certeza.

Lembranças, poeta, lembranças...

Presas aos corações,

Que vagueiam na fronteira do agora.

Sonho com você poeta, anos a fio!

Tendo a aurora boreal,

A colorir teus lindos olhos.

E a fantasia a fluir dos dedos.

Fazendo teu enchergar,

Vislumbrar-me à alma!

E ao apoderar-se da pena,

Descrever-nos as cenas,

De amores tão pueris, quanto podem ser,

As névoas da madrugada.

Tão efêmeros como a ilusão,

Que temos mercado,

Da nossa solidão!

Observadora
Enviado por Observadora em 15/09/2005
Reeditado em 04/05/2006
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