O fim
Mornos ventos de silêncio,
Tragam as nuvens negras
A empregar a mim o escárnio,
No improvido amanhã;
Deguste esse amargo sabor,
Alimento d'alma desgastada
Pois não conheces o rancor
De qualquer outra alma;
Consagrados os egoístas,
Não atirados ao inferno frio
Pois se importar com outro,
É a passagem direta ao breu;
Ventos frios silenciosos,
Traga a barca do final,
Pois sou tolo e acreditei
Que amor seria remédio afinal.