Fogão de Lendas
Há um rosto na janela
uma cinza noutro azul:
Simples versos esquecidos.
Queima a face em face à taça
pinta a sede em tom marrom.
Há um verso neste avesso,
mero fim da lenda fogo.
Findo aquário, minhas cinzas,
Vasto mal que foge ao lodo.
Que em meu pálido soluço
Fez do véu lembranças minhas
Minhas mãos que não mais escrevem.
Eis meu susto, seu sustento...
Eis meu rosto, o seu reflexo...
Venho à tona neste mar.
Linhas neutras, sou saudoso
Breve luz em decisão.