Prisão

A corda e o banco, o teto e - enfim - o chão. Tapete de estrelas fugazes, então apagadas, serenas espectadoras de um sonho tão distante, quanto inexistente. Borrão gris desvanecendo lembranças ao longo daquela tarde, última e definitiva. Lembrança sórdida, e aos olhos outros tão corriqueira, da eterna morte, em vida. Prisão de pérolas, perdida. Vagando inutilmente em caminhos tortos, presságio de um martírio em vão, cega-se, e segue - arrependida.