MORTE DO CÃO

Quintal enrugado por sombras

Varrido por ausências

Ferido pelo silêncio

Neste inverno implacável

A alma se confina

No entardecer desbotado

Afligido

Recebo então

O conforto suave

Gélido e sensitivo do ar que frisa

A vegetação escassa

Na lembrança

É real a presença

Do amigo distante