FUI À FEIRA DA LADRA!

Com feira na capital

Fui ver o que lá havia

Vi tanta coisa afinal

Copos de vidro, em cristal

E tanta quinquilharia!

Agrafadores enferrujados

Do tempo da minha avó

Alguns pratos já quebrados

Livros de autores afamados

Mas resguardados do pó!

Carros antigos, de colecções

Cassetes e grafonolas

Casacos e blusões

Ferramentas aos montões

Computadores e violas!

Muita marca de navalha

Fitas métricas já usadas

Chapéus de pano e de palha

E no meio de tal tralha

Até bonecas desmembradas!

Dizem ser da Ladra, a feira

Mas eu nem feirei sequer

Sem dinheiro na algibeira

Fui lá só por brincadeira

Em passeio por prazer!

Meteram-me a conduzir

Em Lisboa prestei provas

Fartámos de divertir

Mas no fim fui colidir

Com um poste em Vendas Novas!

Foi distância que mal medi

Quando num parque estacionei

O certo é que também perdi

A máquina que trazia ali

Mas nem por isso chorei!

Importa é termos chegado

Com saúde e bem ao lar

Depois do dia passado

Cheguei a casa, estafado

Prontinho…pra descansar!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 28/12/2014
Código do texto: T5083267
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