ALVO

Não gosto, não!

Coisas que parecem sem sentido

e sem razão de ser...

porque então receber?

Não quero, não!

Te ofereço o mundo...

Você me sorri

e dói aqui a solidão.

Você no meu mundo

e eu na palma da sua mão.

Coração pediu arrego...

quer sossego,

ficar quieto, boquiaberto,

sem paixão.

Entenda, conta a lenda que

o que se é procurado

não e' encontrado em vão.

Escute, então, e reconheça o fino canto do azulão.

Mas, agora, é zero hora

e eu me retiro do tiro

em que a pedra passou de raspão.

(num recolhimento justo)

Doeu, mas...

não matou, não!

D.V.

12/2014

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