NORDESTINAMENTE.
NORDESTINAMENTE.
Nordestinamente brasileiro
Nordestino sofrido e sem dinheiro
Povo pobre trabalha o ano inteiro
Quando morre é quase sempre na miséria
Pobre ser a mais pobre matéria
Que ocupa o solo do Brasil
Um país singular e varonil
Rico em matas florestas e tesouros
Solo rico em esmeralda e ouro
No entanto não protege os seus
Seus contrastes de ricos e plebeus
Se destacam entre nós e é visível
Para muitos se torna invisível
O problema que assola esse país
Mas, os ricos sobre isso passam um giz
E se esquecem do pobre nordestino
O Nordeste do mestre Vitalino
E de Gonzaga o Rei do baião
Que produz muito milho e feijão
No entanto as vezes passa fome
O nordeste que produz, mas, não come
Mas, já foi o berço nacional
Essa terra que recebeu Cabral,
Quando essa mesma terra ele invadiu
Transportou todo nosso Pau-Brasil
Para o continente Europeu
E o Nordeste inocente padeceu
Com a perda de todas as riquezas
Devastaram a nossa natureza
Nos deixaram no breu e e sem dinheiro
Desde os tempos de Dom Pedro Primeiro
O Brasil ficou assim tão desigual
Um brasileiramente rico nacional
E outro nordestinamente pobre brasileiro.
Roberto Basílio, 23/08/2003