MEU FADO DE VERDE-MAR!

Ouvi no fado da vida

Um desafio a vencer

Que a guitarra aturdida

Quis fazer em despedida

Se não te pudesse ver!

Foi meu fado verde-mar

Que a maré cheia levou

Tantas penas, se as contar

Ouvem-se gemidos no ar

Talvez chore…quem já chorou!

Fado triste, mas completo

Levado ao cais da saudade

No meu país predilecto

Onde os sinais de afecto

São cravos em liberdade!

Verde-mar , de turva dor

Pior do que um torvelinho

Que o próprio tempo d`amor

Apaga o aroma à flor

Rogando por mais carinho!

Porque a sina desnorteada

Não quer que eu esteja a sós

Pois que as cordas afinadas

Sejam luz prás alvoradas

E o eco…da minha voz!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 04/01/2015
Código do texto: T5090593
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