AQUELA MENINA
Pequenina, feia,
magricela, assanhada,
andava na rua,
bem desarrumada,
Ninguém ligava
pra pobre menina,
viver desprezada,
era a sua sina.
Vivia sozinha,
não tinha amigos,
só eu a amava,
ela desabafava
sempre comigo.
hoje mudada,
virou alguém,
voltou transformada
como ninguém
Ninguém reconhece
o jeito dela,
pra ninguém aparece,
mas a mim conhece,
e, como eu gosto dela.
Roberto Basílio.
Em 1986