AQUELA MENINA

Pequenina, feia,

magricela, assanhada,

andava na rua,

bem desarrumada,

Ninguém ligava

pra pobre menina,

viver desprezada,

era a sua sina.

Vivia sozinha,

não tinha amigos,

só eu a amava,

ela desabafava

sempre comigo.

hoje mudada,

virou alguém,

voltou transformada

como ninguém

Ninguém reconhece

o jeito dela,

pra ninguém aparece,

mas a mim conhece,

e, como eu gosto dela.

Roberto Basílio.

Em 1986

Roberto Basílio
Enviado por Roberto Basílio em 05/01/2015
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