Redoma
Quando você volta, assim de
Não sei onde, fico feliz em revê-la.
Não que tenha se ausentado,
Ou que tenha estado longe de
Meus versos, mas é que de
Repente você se vai sem sair.
Mas quando volta, volta assim
Feito borboleta recém formada,
De asas virgens para um mundo
Estranho e ignóbil, um mundo
de ninguém, de folhas brancas.
E você voltou agora, feito
Moça de asas soltas a vagar
Por sorrisos e facetas,
Por trovas e rimas qual brilho
Nobre de uma lua romantizada.
Quando você volta, estendo
Meus braços feito criança,
Dou-lhe a mão para fazer rabiscos.
Quando você sai, fica uma
Coisa meio que saudade a rondar
O ar que nos cerca, mas que logo
Desaparece, por que você volta
Qual borboleta de asas virgens.