Soneto do meu afeto

Oh tristeza tão imensa

Oh profundo desertar que me reserva a vida

estou exaurida e farta

meu tempo se finda.

Já não sinto em meu ser juventude e beleza

eu te amo porém como uma criança

que nunca sentiu, nem nunca provou do ávido mel

teu rosto pra mim é único, que quero fazê-lo meu.

Porque a desolação infinita me abraça?

Por que meu branco rosto tu não afagas?

Amargura cruel são meus infindos dias.

E nessa distância ácida e inverossímil

você aceita cruel; frio

permanecer de mim distante e impossível.

Helena Dalillah
Enviado por Helena Dalillah em 13/01/2015
Reeditado em 07/08/2018
Código do texto: T5100437
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