SOMBRAS E FONEMAS

O poema, às vezes, me assalta

pelos caminhos escuros;

uma arma

encostada nervosamente à nuca.

Nenhuma reação,

somente a respiração descontrolada

diante da possibilidade do ato

e da fuga, por conseguinte.

Então, dos confins da alma,

configuram-se umas sombras

que surgem entre os fonemas.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 16/01/2015
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