Poesia de uma tragédia.

Sou uma tragédia, um erro grosseiro!

Tudo aquilo que não deu certo compõe a minha compleição.

Caspas, catarros, vísceras que falam, dentes caindo, cabelos caindo, a esperança por água abaixo...

Alguns mosquitos zanzam sobre minha face querendo roer minhas remelas...

Meus óculos nunca mais desembaçaram...

O veterinário disse que não sou humano!

E disse mais: que sou uma mistura abjeta de algum ser desconhecido com uma salamandra...

Meus amigos saíram correndo na escola quando me viram com aquele tapa olho... Eu era meio cego e não sabia...

Mas minhas pernas me fizeram andar e foi a partir daí que comprei uma chinela havaianas...

Minha vida nunca mais foi a mesma!

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 21/01/2015
Reeditado em 21/01/2015
Código do texto: T5108945
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