A mala

Manhãs chuvosas

Deixam meus instintos lentos

E enquanto ouço o som dos fortes ventos

A água molha minhas faces rancorosas.

Oh! Os trovões são tão lindos

Mas tão mortais

Oh! A beleza envolta em alta voltagem

O sangue quente escorre em minhas costas

Mais uma vez alguém tirou vantagem...

Oh! Mundo inóspito e desordeiro

Eu estou tropeçando o tempo inteiro

Sei que pra baixo todo santo ajuda

Não sei pra quem rogar as minhas preces

Há tantos santos que ninguém conhece

Eu realmente não nasci pra Buda.

Minha cabeça dentro de uma mala

As pernas soltas no canto da sala

E nos meus rins alguém já jogou cal

Aqui vou eu sem ter poder de fala

Jogaram o que sobrou em uma vala

De onde os homens tiram tanto mal?

Weverthon Siqueira
Enviado por Weverthon Siqueira em 23/01/2015
Código do texto: T5111626
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