LACCAS DAIMIO
(LXIV)
"À travers les bambous tressés en fine latte"
(J.M. de Herédia - Les trophés, Pg. 126)
Entre ébanos anão e enormes corimbíferas,
No meu quiosque gentil de sândalo vermelho,
Cristo, todo enrolado em sedas odoríferas,
Num solho de marfim que luz como um espelho.
Tres horas. Sobre a esteira ornada de ametistas
Onde um dragão de jalde arreganha as seis garras,
Janto: pasteis de murta e coisas nunca vistas,
Com rum de Tharrakai em xícaras bizarras
Ai-Dah estreito ao colo, a minha doce Ai-Dah,
De dentadura azul e pele cor de zimbro.
Cuja boquinha em U cheira a baunilha e a chá.
Tine um gong. Corro a ver com mil salamaleques:
É a filha do Taikum, de cujo amor me timbro,
Que volta para o Siro entre espadões e leques.
Fevereiro de 1894.
LIRA MODERNA - Diário de Notícias.