acalanto de poeta fraco

Preciso de uma bala,

Maiakóvski, empresta de revolver,

o poeta remedi-se no tempo!

e hoje preciso enterrar um homem."

homem horrível,

poeta...

miserável; onde paira teu nojo!

cairá os véus, as palavras, os muros,

e nunca terás entendido o coração!

poeta manco!

aleijado sóis. vens bêbado,

tua filha não te toca...

tua mulher não te toca...

teu pai tá longe,

tua mãe dome,

e falas em família!

Preciso de uma bala,

Maiakóvski, empresta de revolver,

o poeta remedi-se no tempo!

e hoje preciso enterrar um homem.

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Severino Filho
Enviado por Severino Filho em 29/01/2015
Código do texto: T5117815
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