Descoberta

Antes eu pensava, ao te encontrar, oh desconhecido do Caminho, que maravilha! E então, ao sentir no meu ser nascer uma luz, uma vivacidade invadir-me, eu dizia, você é a prova do amor de Deus por mim! Quem faz sentir-me assim, só pode está carregado de sentimentos e virtudes divinais! No entanto, oh ser que passou, eu mesmo tenho convivido comigo longas horas de silêncio, e diálogos para além das palavras tem-se travado, e hoje, oh ser irmão de minha alma, eu compreendi que tudo é de mim mesmo que promana, a alegria e a dor, a luz e o choro, e que ninguém pode fazer nascer em mim aquilo que não há em mim, mas se surge em mim, é de mim mesmo que surge!

E eu então proclamo que amar é uma capacidade, e eu que amo levo comigo o amor com o qual amo, e com ele, muda-se tudo que vejo, que toco, e a vida surge sempre a mim modificada pelo amor com que a penetro todo o tempo...

Assim, oh ser que fez meus olhos cheios de sóis, a luz que rasgou minha alma veio de mim mesmo, de minha capacidade de te amar, e tu te foste depois, e tu passaste, mas aqui comigo a luz permanece, porque faz parte de mim, e tu que foste o agraciado por tudo quanto dimanou de mim para ti, do coração, e da alma, elementos eternos que imortalizam momentos para sempre...

As coisas estavam com as referencias comutadas, mas agora, neste átimo de grandeza, eis-me aqui evoluindo num entendimento que se agrega essa maestria de amar, eis que as estrelas nascem dentro de mim, e então eu vejo tudo com um brilho de eternidade...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 01/02/2015
Reeditado em 26/02/2015
Código do texto: T5122515
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